terça-feira, 18 de setembro de 2012

Conclusão não muito positiva

Do livro:

A Literatura Infantil de Monteiro Lobato ou Comunismo para Crianças

"Do Arcebispo de Natal (Rio Grande do Norte)

Os livros de Monteiro Lobato, que ensinam o comunismo e outros erros, são a maconha literária do Brasil. Veneno Sutil e, por isso mesmo, perigosíssimo.
Cuidado, educadores, cuidado! E se alguém tiver dúvidas sôbre êste grave assunto, leia o livro de Mons. Sales Brasil, que, quantoao berço, é da Bahia, mas, quanto à campanha, que valentemente, sustenta contra os erros de Monteiro Lobato, é de todo o Brasil.
É urgente a profilaxia dêsse mal. É melhor prevenir do que corrigir. Mãos à obra! Aqui, eclesiásticos e leigos estão gostando imenso de seu livro, achando-o bem feito corajoso e oportuno" (pg.320)

Comentário:

Não sou eclesiástico, mas, como educador, defendo a literatura lobatiana com unhas e dentes.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dia do Trabalhador 2012

Era uma vez uma pequena garotinha chamada Laura. Ela tinha um papai muito serelepe e um titio muito bobinho, hehe. Ao raiar das primeiras luzes do dia, em um feriadão sem dó em plena terça-feira, dia dedicado àqueles que por mérito de seus esforços ganham a vida oferecendo aquilo que Deus lhes deu: a força de trabalho, Laura e as outras personagens desta história decidiram passear pela cidade de Formiga-MG.
Era um dia muito aprazível com as luzes do sol a benzer a Terra e abençoar o povoado das formigas. Papai e titio preparavam os equipamentos bem agitados, como se há muito não fizessem algo que juntos gostavam muito de fazer. A pequena Laura se divertia alegremente com sua amiga Bibi enquanto papai e titio calibravam pneus e preparavam todo o equipamento para uma leve volta de bike.
Flashes foram disparados para guardar as memórias daquele dia que seria inesquecível. Testes feitos, partiram os três no percurso matinal que os levaria a um dos pontos turísticos da cidade: o Terminal Rodoviário. Chegando lá, Laura conheceu um amiguinho de nome Sérgio e começou a pular de um lado para o outro no pula-pula colorido. Enquanto isso, o tio iniciou uma conversa com o vendedor de picolés:
- Ele é muito esperto não é?
- Demais...
- É seu filho?
O homem que aparentava ter no mínimo a terceira idade não titubeou:
- Claro! Você acha que iria levar neto pra me acompanhar? Filho a gente ensina, neto a gente adula.
E depois daquela rápida "filosofia de buteco" (fora de buteco, nesse caso), partiram os três em direção a outro ponto turístico da cidade, a Lagoa do Fundão. Mas como diria Carlos Drummond em seu célebre poema "no meio do caminho tinha uma pedra". As vias principais de acesso à Lagoa do Fundão estavam interditadas devido às obras de recuperação do em outras eras caudaloso Rio Formiga.
Titio receou em prosseguir, mas Papai com toda a sua astúcia decidiu prosseguir.
- Não vai ser uma pequena obra dessas que vai nos impedir de completar nosso objetivo! - disse corajosamente.
E então lá se foram os três pela via interditada no espírito de "off-road", fazendo uma trilha em meio ao barro e a lama deixados pela chuva castigadora dos dias anteriores. Passa um buraco, passa outro, passa a poça d'água, emite aquele sonoro splash conhecido e então Papai enfia a roda no meio da lama e capota com Laura e seu paramento cor-de-rosa.
Literalmente "afundados na lama", pai e filha pareciam dois monstros. Titio, que acompanhava tudo de trás veio como um super-herói gargalhante a salvar a sobrinha que acabara de se machucar levemente graças a ao equipamento de segurança de papai. Como o vento frio da manhã castigava os transeuntes, Papai logo tirou sua camiseta molhando-a em uma poça da enxurrada a fim de limpar a filha que estava toda enlameada. Titio ofereceu ainda sua camiseta para que a pequena não passasse frio.
Seria uma cena engraçada se não envolvesse uma pequena criança de três anos...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A rival da minha mãe morreu

Tenho pensado muito em morte ultimamente. Não sei se isso reflete o medo que tenho de morrer ou se reflete o medo que tenho de pessoas queridas morrerem. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto... pessoas morrem... por vários motivos.
Da mesma forma que pessoas nascem. Todos os dias. Fico triste por minha "eterna" chefe estar com o marido no hospital, sofrendo de cirrose sem nunca ter sido um cachaceiro nato. Fico imaginando que meus problemas mentais são nada perto disso e me sinto um lixo. Tem pessoas que realmente têm problemas de saúde, cara, e eu fico aqui divagando... pensando em quem a Dona Morte pode levar desta vida... pensando no trecho de Shakeaspere, em Hamlet:

"Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação."

(Tradução de SILVA RAMOS, Péricles Eugênio da. Hamlet. Editora Abril, 1976. Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Ser_ou_n%C3%A3o_ser)


Sim. A Marildinha morreu... Nunca imaginei que a morte de uma pessoa fosse causar um sorriso na minha cara. Mas causou... O choro contido de meu pai, presenciado por uma de minhas irmãs num mercadinho da cidade de Formiga, não foi suficiente para eu ter dó daquela com quem meu pai traiu mamãe durante uma vida inteira. Homônimas ainda por cima! Arremato o texto autoral com o comentário de minha mãe sobre o caso: "Eu e a Marilda votávamos na mesma seção e nunca sequer nos encontramos". Desejo sinceramente que ambas não se encontrem nunca mais...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Comece o ano com uma música boa



Há exatamente 10 anos eu conheci essa banda por causa dessa música. E aí descobri que eles tinham um outro álbum de 1999 chamado "Parachutes" com um planeta laranja na capa. Era uma época em que só se falava em Armagedon e um álbum com um planeta na capa era tudo o que a mídia precisava para que uma banda fizesse sucesso. Esse tal Parachutes é uma porcaria de álbum (com todo o respeito à banda) porque é totalmente depressivo. Somente o hit "Yellow" e a baladinha "Everything is not lost" foram tocados na última passagem dessa banda aí pelo Brasil, em 2011, no Rock in Rio.
No final de 2010, comprei meu Rock in Rio card pensando em ir ao "maior festival de rock do mundo" para ver essa banda. Todavia, depois que confirmaram Skank e Frejat no mesmo dia, decidi vender meu ingresso para o Breno, um fã da banda Slipknot (nem sei se é assim que escreve, mas tudo bem) e ele aproveitou muito mais do que eu poderia aproveitar no festival que rolou ano passado.
Até porque, se eu quiser ver o show dessa banda no Rock in Rio basta acessar esse link aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=CPLnqEA9noc
Feliz 2012 para todos vocês, caros leitores!